Era um super-homem e nem era forte.
Era um bailarino que não sabia dançar
Era um menino, mas não sabia brincar.
Era sonhador, mas não conseguia dormir.
Pássaro livre que brincava com a sorte.
Era compreensão que não sabia aconselhar.
Era porto que não se podia ancorar.
Era um maluco que sempre se fazia ouvir.
Era estrada que ninguém sabia o Norte.
Era tanta coisa e eu nada a declarar.
Cheio de contradições loucas, mas perfeitas pra me encantar.
Contava amarguras e começava a sorrir.
Era sensato e eu debochada.
Foi meu caminho e eu apenas um pedaço daquela estrada.
Poderia ser meu mundo, mas quis ser uma porta fechada.
Bethania Davies