Eu sou assim: quando eu me encanto com alguém fico doente.
Aconteceu comigo quando te conheci e, mesmo que eu já tivesse visto esse filme dezenas de vezes na minha vida, eu quis me jogar. Tudo bem, o risco foi meu, o coração é meu e eu o dou pra quem eu quiser e queria dá-lo a você. Você sabia disso e se fez de bobo. Um bobo lindo por sinal. E eu adoeci de amores. Só que, de certa forma, algo esfriou entre nós. E agora não sei se eu que sou exagerada – com essa minha facilidade de gostar, me entregar e fazer planos – ou se foi você que quis pouco mesmo de nós. Você podia ter tido tanto de mim, se quisesse você poderia ter me ganhado para sempre, mas não te contei que o meu ciclo vulnerável dura apenas sete dias, depois disso os meus anticorpos reagem e a cura chega com a mesma rapidez que adoeci. As vezes tenho medo de te perder pra minha própria indiferença.
Sei que digo isso com tamanha convicção só porque você está longe, porque o incrível da paixão é que – diferente de outras doenças – ela é um vírus que a gente adora pegar, né? E se eu soubesse onde você está, te buscaria e me exporia de novo, quantas vezes fossem necessárias, aos altos riscos contaminatórios desse teu sorriso. Eu não tenho medo de gostar, pelo contrário, parece confuso, mas eu tenho medo mesmo é de ficar curada; medo dessas minhas fases imunes, que sempre trazem junto ceticismo e frieza. Gosto muito mais de mim quando eu gosto de você e o teu amor ainda é o meu melhor remédio.
Bethania Davies
Foto: reprodução.
Lindo!!!!!
Obrigada querida!! Beijão!! 🙂